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sábado, 27 de agosto de 2011

Setor calçadista busca mais competitividade

O setor calçadista goiano reúne cerca de 300 empresas, emprega em torno de 7 mil pessoas e produz 400 mil pares de calçados por mês. O polo calçadista de Goianira sedia indústrias que vendem para todo o País e para o exterior. Mas em época de real valorizado frente ao dólar, o segmento tem enfrentado dificuldades para fazer frente à concorrência dos importados, principalmente aqueles oriundos da China.

No início do mês, o governo federal anunciou o Plano Brasil Maior, com medidas de proteção e apoio às indústrias brasileiras. O segmento calça­dista, junto com os de confecções, móveis e softwares, foi beneficiado com a redução, de 20% para zero, da alíquota cobrada pela Previdência Social na folha de pessoal. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados do Estado de Goiás (Sindicalce), Elvis Roberson Pinto, a Medida Provisória que trata da desoneração prevê que o benefício vai vigorar de 1° de dezembro de 2011 a 31 de dezembro de 2012.

“Com essa desoneração, o setor ficará mais competitivo. Porém, também precisamos reduzir a carga tributária, principalmente do ICMS, que incide sobre a indústria calçadista goiana”, defende Elvis. As pequenas empresas, que estão no Simples, têm uma carga tributária menor, mas aquelas de médio e grande portes pagam alíquotas de 12% e 17% que, com crédito outorgado, fica em 10%. “Estamos lutando para que um projeto determinando a diminuição da alíquota do imposto seja encaminhado para a Assembleia Legislativa”, afirma.

Exportação

Atualmente, as indústrias calçadistas goianas que estão exportando são aquelas que têm produtos artesanais ou confeccionados com peles exóticas, como de rã ou avestruz. Os produtos são remetidos para a Rússia, Emirados Árabes, Estados Unidos e Portugal, entre outros países. Uma das reclamações do setor é que calçados chineses têm chegado ao Brasil por meio de triangulação, passando antes pela Malásia ou Vietnã, com o objetivo de burlar as salvaguardas adotadas pelo governo brasileiro. A denúncia foi feita pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalce) e o governo está estudando as medidas necessárias para coibir essa prática.

O Sindicalce está organizando a Moda Couro para o inicio de dezembro. A mostra será realizada na Estação Goiania, na capital, de 1° a 4 de dezembro. A estimativa é reunir cerca de 100 expositores que vão mostrar os calçados produzidos no Estado, tanto a coleção alto verão 2011/2012, como a nova coleção outono-inverno 2012. Além de calçados, serão expostos cintos, bolsas e carteiras. A feira terá vendas no atacado e no varejo.

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