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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cetas tem 41,4% mais bichos que o Zoológico

O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama de Goiás possui estrutura visivelmente menor que o Zoológico de Goiânia e, mesmo assim, a quantidade de animais que acomoda é 41,4% maior. No local, cujos recintos estão lotados e a capacidade já atingiu o limite, estão 700 bichos, enquanto no Zoo, conforme dados de ontem, estão 495. Nessa época do ano, de seca e aumento das queimadas, é natural elevar o número de entradas no Cetas, mas conforme o coordenador Luiz Alfredo Lopes Baptista, tal montante está na média. E nos últimos seis anos, o mais perto que o Zoo conseguiu chegar deste índice foi no final de 2006, com 686 animais. De lá para cá, tal número caiu 27,8%.

A diferença expressa duas coisas: além do Zoo sofrer com a pouca quantidade de animais, envelhecimento e mortes sucessivas dos que ainda possui, o número de bichos maltratados, acidentados, traficados e abandonados pelos donos em Goiás é gran­de. O Cetas funciona como local de acolhimento e recuperação de animais silvestres resgatados, apreendidos e entregues espontaneamente, para que depois, caso apresentem as condições necessárias, sejam soltos na natureza ou levados para criadouros autorizados pelo Ibama.

Localizado às margens da BR-060, próximo ao Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, o Cetas possui 14 funcionários, sendo dois do Ibama e outros 12 terceirizados. A verba que custeia os gastos é federal e chega a até R$ 37,5 mil por mês, destinados à compra de alimentos, medicamentos, de instrumentos de trabalho, realização de exames e salário dos funcionários. A estrutura atual, que segundo Luiz Alfredo precisa de reforma, foi construída em partes pelo Ibama, em partes por meio de doação e trabalho voluntário.

Os recintos estão longe de se equiparar aos do Zoo, assim como o número de espécies. A função de um e outro se diferem. Enquanto o Cetas serve para triar os animais e dar destino a eles, o Zoo é local de exposição e, teoricamente, educação ambiental, embora esteja fechado a mais de dois anos. Espera-se reabri-lo no próximo dia 12 de outubro.

Apesar das diferenças, até agosto de 2006, o Cetas funcionou dentro das dependências do Zoo. Sem estrutura própria e pessoal, até então, quem realizava o trabalho eram os funcionários do Zoo, como forma de contribuir com as carências enfrentadas pelo Ibama e corresponder a pouca verba repassada pelo Governo Federal. Hoje, inclusive, além dos 495 animais do plantel, existem no Zoo outras cinco onças suçuaranas e seis cachorros do mato que, na verdade, são do Ibama, mas permanecem no local por falta de espaço no Cetas.

No texto do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em setembro de 2009, e que expressa as condições para o Zoológico ser reaberto, consta parágrafo que fala sobre a necessidade do Ibama readequar os espaços para poder transferir os animais para o Cetas. Desde que foi fechado, o Zoológico não recebe animais. Do Ibama, então, foram raríssimas vezes

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